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segunda-feira, agosto 20, 2007

Uma releitura de Malaquias, o profeta incompreendido pela Igreja - Parte 4



Do castigo

“Agora, ó sacerdotes, para vós outros é este mandamento. Se o não ouvirdes e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei sobre vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bençãos; já as tenho amaldiçoado, porque vós não propondes isso no coração.”
Malaquias 2:1-2

Como vimos anteriormente, Deus, começa o tratamento com a nação de Israel a partir dos sacerdotes. Vimos que as ofertas e sacrifícios dos sacerdotes haviam transformado-se em atos desprezíveis perante Deus, visto que não respeitaram os estatutos e normas do Senhor com relação a aliança estabelecida com os descendentes de Levi.

Deus dá uma ordem expressa agora aos sacerdotes, que passem a honrá-Lo com seus sacrifícios e que parem de desviar o povo dos caminhos do Eterno. No verso 8 do mesmo capítulo o Senhor mostra que o pecado dos sacerdotes acaba refletindo no povo, que seguem seu mal exemplo e acabam desviando-se do Seu caminho.

Vemos no verso 7 como a tarefa de um sacerdote é de enorme responsabilidade, pois diz assim “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos”. Que tamanha tarefa os sacerdotes tinham em mãos! Ser mensageiro do Senhor. Observamos que os sacerdotes estavam tratando esta função com desleixo perante o povo, daí a fúria do Senhor contra eles.

O castigo desses sacerdotes, caso não arrependam-se dos maus caminhos que tem trilhado, é a vergonha. Tanto eles quanto seus sacrifícios, e até mesmo sua descendência seriam feitos como excremento perante o Senhor. É, para nós, até difícil imaginar quão irado o Senhor estava com essa situação a ponto de considerar tudo quanto os sacerdotes porventura fizessem como excremento.

Porém, por amor ao seu servo Levi, que foi reto em todos os seus caminhos, o Senhor dá ainda uma chance de arrependimento aos sacerdotes. Nisso o Senhor como no princípio da profecia de Malaquias mostra o seu amor para com o povo.

Para nós, como igreja, tiramos algumas lições importantes desse castigo que o Senhor promete aos sacerdotes. Como vimos no texto anterior, o Senhor nos fez sacerdotes, todos os salvos, e o sacrifício a ser oferecido somos nós mesmos. Obviamente não vivemos a aliança de Israel, nem a aliança feita com Levi, mas os preceitos do Senhor continuam os mesmos. Precisamos oferecer sacrifícios santos ao Senhor, nossa vida entregue em seu altar todos os dias, carregando nossa cruz – isso é agradável ao Senhor. Ainda sobre nós, sacerdotes, existe o peso de sermos mensageiros do Senhor, que é ao mesmo tempo uma dádiva e uma grande responsabilidade. Dádiva pois os próprios anjos desejam anunciar a Cristo, mas esse presente foi dado a nós, exclusivamente, por Deus. E temos a responsabilidade de ensinar a verdade, para que não nos tornemos indignos e desprezíveis perante os homens.

Atualmente vemos que muitos estão caminhando para esse terrível castigo do Senhor, seus sacrifícios no altar Dele tem sido imundos, porque tem ensinado mentiras como a mensagem de Deus. É claro que o trato é diferente, o próprio julgamento será de outra forma, mas ele vem. Pois naquele grande e terrível dia muitos virão até o Senhor dizendo que profetizaram e fizeram maravilhas em Seu nome, mas serão apartados da presença Dele pois continuamente praticaram a iniquidade sem arrependimento.

Como sacerdotes do Altíssimo necessitamos purificar as nossas vestes, santificar nossos altares, se necessário nos vestirmos com pano-de-saco, jogarmos pó de cinza na cabeça, para que sejamos encontrados santos na presença do Autor e Consumador da nossa fé. Precisamos harmonizar nossos belos discursos com nossos atos. Precisamos ensinar e viver a verdade.

Graças a Deus pela sua maravilhosa graça, pela sua eterna misericórdia, pelo sangue de Cristo que nos purifica e pela justificação que nos torna dignos de entrarmos no Santo dos Santos!

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