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segunda-feira, agosto 02, 2010

A ceia de Jesus



"Entretanto, nisto que lhes vou dizer não os elogio, pois as reuniões de vocês mais fazem mal do que bem." I Coríntios 11:17

Não acredito que nossa celebração da Ceia do Senhor seja aquilo que Jesus tinha em mente quando comemorou-a com os seus discípulos. Toda nossa solenidade e religiosidade, contrição e silêncio, aos meus olhos, fogem daqueles momentos em que o Nazareno compartilhava de uma ceia com os seus. Um momento tão íntimo, tão especial a ponto de que até um dos discípulos reclinava sobre seu peito em profundo descanso, como o pai que acalenta seus amados filhos.

Parece que nem mesmo a traição por parte de Judas, quanto a negação de Pedro, que estavam prestes a ocorrer, ofuscaram a beleza daquele momento. Um lugar especialmente escolhido pelo Cristo, aparelhado devidamente para a celebração, tendo ainda fartura de comida (como era costume dos judeus). O repartir daquele pão sem fermento, e o compartilhar da alegria daquela taça de vinho, mostram um Jesus feliz em ter seus mais queridos e chegados num momento ímpar de sua história humana.

O texto do apóstolo Paulo que costumeiramente usamos na celebração da ceia não pode ser retirado abruptamente do seu contexto histórico, a intenção dele não era conferir ares de julgamento para o momento da ceia. O medo de termos pecados no momento do partir do pão e de um possível julgamento por tomarmos os elementos indignamente tantas vezes predomina em nossas celebrações, tirando totalmente a beleza, alegria e leveza do momento.

O apóstolo faz uma advertência para aqueles que julgam ser a ceia apenas um momento para comer e beber, esquecendo-se daqueles que nada tinham e passavam fome, e o pior, a ceia não era um momento de comunhão onde todos o faziam juntos, mas cada um participava da sua própria ceia, distanciando o significado que originalmente Jesus queria, sendo todos um mesmo corpo, lavamos e remidos pelo seu sangue derramado na cruz.

Enfim, o que o apóstolo escreveu não deveria ser um manual lido por nós nas ceias de nossas congregações. Não poderíamos de maneira nenhuma tornar algo tão sublime e especial num momento triste e quase automático.

Sonho com o dia em que celebraremos uma ceia do Senhor alegre, onde teremos verdadeira comunhão no meio da congregação, sem partidarismos, sem favorecimentos, sem carregar culpas pelos nossos pecados, mas sim, a alegria de fazermos parte da família de Deus, a gratidão porque Cristo entregou sua carne e sangue na cruz em nosso favor para que tenhamos vida. Uma verdadeira ceia, onde haja celebração e alegria no Espírito.

E para que isso aconteça, basta que cada refeição nossa, cada momento em família, cada reunião de amigos, acontecendo em nossas casas, igrejas, escolas, empresas ou até mesmo numa lanchonete seja realmente um momento de lembrar que Cristo entregou-se por nós e um dia cearemos juntos novamente.

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