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quinta-feira, setembro 09, 2010

Modelo econômico de Cuba não funciona mais, diz Fidel



Declaração teria sido dada a jornalista, para quem cubano concedeu entrevista na qual criticou antissemitismo de líder iraniano

Em entrevista a um jornalista americano, em que disse aconselhou o líder iraniano Mahmoud Ahmadinejad a abandonar o antissemitismo, o cubano Fidel Castro disse que o modelo econômico de Cuba não funciona mais. A revelação foi feita pelo jornalista dos EUA Jeffrey Goldberg, na quarta-feira, após realizar entrevistas com o ex-presidente cubano na semana passada.

Goldberg, articulista da revista Atlantic Monthly, contou em um blog que perguntou a Fidel, de 84 anos, se ainda vale apenas tentar exportar o modelo comunista cubano para outros países. "O modelo cubano não funciona mais nem para nós", teria respondido Fidel.

O comentário parece refletir a concordância de Fidel - já manifestada em uma coluna em abril na imprensa estatal cubana - com as modestas reformas econômicas que vêm sendo promovidas por seu irmão caçula Raúl, atual presidente de Cuba.

Foto: AFP
Fidel discursou para multidão na Universidade de Havana, na sexta-feira (2)

Segundo Goldberg, Julia Sweig, especialista em Cuba na entidade norte-americana Conselho de Relações Exteriores, que o acompanhou a Havana, acredita que as palavras de Fidel reflitam uma admissão de que "o Estado tem um papel grande demais na vida econômica do país". Tal sentimento ajudaria Raúl, no poder desde 2008, contra membros do Partido Comunista que são contrários às tentativas de enfraquecer o domínio econômico estatal, disse Sweig a Goldberg.

Na terça-feira, Goldberg escreveu que Fidel o chamou a Havana para discutir seu recente artigo sobre a possibilidade de um conflito nuclear entre Israel e Irã, com possível envolvimento dos EUA. O jornalista disse que Fidel criticou o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, por fazer comentários antissemitas e negar a existência do Holocausto.

Depois de reaparecer em público após quatro anos de afastamento por motivos de saúde, Fidel se tornou um ativista do desarmamento nuclear. Ele teme uma guerra atômica caso Israel e os EUA tentem impor o cumprimento de sanções internacionais ao programa nuclear iraniano. Washington e seus aliados acusam Teerã de tentar desenvolver armas atômicas, o que a República Islâmica nega.

Fidel também criticou suas próprias ações durante a chamada Crise dos Mísseis, em 1962, quando ele aceitou a instalação de ogivas nucleares soviéticas na ilha e tentou convencer Moscou a atacar os EUA. Na entrevista a Goldberg, ele disse que aquele impasse "não valeu nada a pena".

Durante a visita, Goldberg e Sweig foram com Fidel, a convite dele, assistir a uma exibição de golfinhos no Aquário Nacional de Cuba. Estavam acompanhados pela líder judaica local Adela Dworin, a quem Fidel beijou diante das câmeras.

O jornalista americano disse ainda que Fidel lhe pareceu fisicamente frágil, mas mentalmente lúcido e com energia.


Fonte iG

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Como eu já previa desde a saída de Fidel do poder a economia cubana em breve mergulhará no capitalismo, a revolução foi um lindo sonho, mas que não consegue se sustentar num mundo cada vez mais globalizado.

Longe de achar que o modelo socialista de Fidel é o modelo ideal, mas vejo que o ser-humano cada vez mais mostra-se incapaz de aceitar um modelo mais igualitário do que o capitalismo selvagem em que vivemos.

A igreja teve seu início dessa forma, onde todos tinham tudo em comum e não havia gente passando necessidades, mas o modelo não se sustentou a ponto de ser necessário que os apóstolos e discípulos começassem a juntar ofertas em outras cidades para manter a igreja em Jerusalém.

E o protestantismo hoje é representado pela economia dos EUA.

Fica a pergunta: qual seria o plano perfeito de Deus para o homem?

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